A LEMNISCATA COMO SÍMBOLO DA ANTROPOSOFIA: QUAL O SIGNIFICADO DO SÍMBOLO E SUA ORIGEM?


simbolo do infinito

Qual o significado do símbolo do infinito? Origem, como fazer e mais!

O símbolo do infinito é visto como a representação entre o mundo espiritual e o material. Entenda todos os conceitos sobre o infinito, sua origem e muito mais.

Lemniscata era conhecida na Grécia Antiga como guirlanda. As flores entrelaçadas nos dois círculos, estão ligadas à ordem cósmica em transformação. Ela também está ligada à beleza do conjunto, ou seja, à beleza de todas as flores. Sendo assim, a lemniscata reflete a vida e a vida reflete a lemniscata.

Por isso, a lemniscata, mais conhecida como símbolo do infinito, significa tudo o que é eterno. Esse símbolo é desenhado horizontalmente, ou seja, é o número oito deitado, e mesmo tendo um ponto de intersecção, não possui começo ou fim. Formando dessa maneira, um movimento contínuo entre os pontos que compõem esse símbolo.

Portanto, a lemniscata simboliza também a união entre o divino superior e a alma, onde não existe centro, “eu” ou “ego”. Além disso, representa também a essência do servir em todos os mundos e em todos os níveis, alegremente e com simplicidade, pois este é o sentido da vida no cosmo solar.

Neste artigo traremos informações que te ajudarão a entender o símbolo do infinito, seu significado em várias vertentes da ciência, assim como sua simbologia espiritual.

Entendendo o símbolo do infinito

simbolo do infinito

O símbolo do infinito é conhecido há muitos séculos e representa vários conhecimentos na matemática e em outros setores da ciência.

Para entender melhor quais os significados e simbologias por trás do símbolo do infinito, vamos falar sobre sua origem, seu significado, suas características visuais, seus diferentes nomes e representações, sua ligação com o movimento da Nova Era e como fazer este símbolo.

Origem

A origem real do símbolo do infinito, ou lemniscata, nunca foi definida com clareza. Porém, existem indícios de que sua imagem atual tenha sido baseada em Ouroboros, símbolo místico da antiguidade que representa a eternidade. Sua imagem é uma cobra, ou dragão, mordendo a própria cauda.

Essas imagens, tanto do infinito quanto de sua possível inspiração dão o entendimento de algo que não tem começo nem fim.

Significado

O significado do símbolo do infinito é a representação da eternidade, divindade, evolução, amor e equilíbrio físico e espiritual. Dentro do cristianismo, ele é tido como a representação de Jesus Cristo, ou seja, é o símbolo do amor e caridade. Sua forma elaborada com traços contínuos também traduz a não existência da vida ou da morte.

Características visuais

Quando se coloca a atenção no formato do símbolo do infinito, é possível perceber logo de início que não existe um ponto de começo ou de término do seu traçado. As linhas que compõem seu desenho são contínuas, numa ligação permanente.

Justamente esse fato ligado a seus traços, é que levam à definição mais abrangente do que é o infinito, aquilo que não tem limites.

Diferentes nomes e representações

O símbolo do infinito possui outros nomes e representações em várias linhas espirituais, veja abaixo algumas delas.


  • Para o movimento filosófico Rosa-Cruz ele simboliza a evolução do físico e do espiritual;

  • Os anéis de laminiscata representam, um deles o ciclo de nascimento à morte e o outro o inverso, da morte ao novo nascimento;

  • Na cultura dos essênios, este era um símbolo de práticas ancestrais;

  • O ponto central, para os celtas e caduceus, do símbolo do infinito é considerado um portal entre os dois mundos, dos deuses e dos mortais;

  • Para os gregos, o símbolo do infinito, à época o Ouroboros, significava a recriação das coisas no universo.
  • Ligação do símbolo com o movimento Nova Era

    A ligação do símbolo do infinito com o movimento Nova Era, é que ele é usado para representar a união entre o mundo físico e o espiritual, o renascimento, a evolução espiritual e o equilíbrio. Além disso, eles também acreditam que o ponto central dessa figura demonstra o equilíbrio perfeito entre os corpos e os espíritos.

    Sendo assim, o símbolo do infinito para a Nova Era é usado para designar a unidade entre o lado espiritual e material.

    Como fazer o símbolo do infinito?

    O símbolo do infinito nada mais é do que o desenho do número 8 na horizontal, porém, muitas pessoas desenham esse número com dois círculos. Já no símbolo do infinito, esse formato é equivocado.

    Para desenhar o símbolo do infinito é preciso desenhar dois laços que não têm pontos de início ou fim. Esses pontos encontram-se na linha de intersecção entre os dois laços.

    Outras informações sobre o símbolo do infinito

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    O símbolo do infinito é utilizado em várias ciências e crenças, na maioria das vezes ligado à continuidade e renascimento.

    Nesta seção do artigo vamos falar um pouco mais sobre os significados desse símbolo em outras áreas como: sua representação no Tarot, seu uso nas artes e sua utilização em tatuagens.

    Símbolo do infinito no Tarot

    O símbolo do infinito aparece em duas cartas do Tarot. Na Carta 1, "O Mago", ele aparece flutuando sobre a cabeça do homem, e na Carta 11, "A Força", ele está na personagem que força a abertura da boca do leão.

    Além disso, há a menção sobre o símbolo do infinito no livro "Meditações" sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarot e nele esse símbolo é definido como ritmo, respiração e circulação. Portanto, ele é visto como o ritmo eterno, que circula contínua e infinitamente, a energia infinita de harmonia.

    Símbolo do infinito nas artes

    Além de significados espirituais, o símbolo do infinito também é bastante usado em vários campos das artes. Veja alguns exemplos abaixo.

    - Pinturas e artes visuais: Nessa área da arte, o símbolo do infinito está relacionado aos pontos de fuga, ou pontos no infinito, para criar perspectiva;

    - Literatura: O escritor argentino Jorge Luís Borges usou uma linguagem representativa do infinito para escrever alguns de seus livros. Usando labirintos, repetições cíclicas e menções ao infinito.

    Este símbolo é muito comum em tatuagens!

    O símbolo do infinito é muito usado por várias pessoas ao redor do mundo em suas tatuagens. A sua representatividade espiritual é o principal motivo dessa escolha por alguns. Sua popularidade nas artes das tatuagens está muito ligada ao seu significado e ao que representa na vida de cada um.

    Além disso, esse símbolo tem seu significado levado para as crenças populares e misticismo, e representa também o sagrado, a divindade, o amor, a evolução e o equilíbrio físico e espiritual. Sendo usado em tatuagens para marcar um momento pessoal.

    Explorando mais sobre o conceito de infinito

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    O símbolo do infinito possui vários significados trazidos por vários povos de diversas nações e épocas da história da humanidade.

    Abaixo traremos mais informações sobre essa figura, como as formas do infinito, a história de seu conceito, alguns de seus paradoxos e antinomias e seu significado em várias áreas de ciência.

    Formas de infinito

    Além das significações do infinito na área das artes e da espiritualidade, ele também possui algumas outras definições e significados. Veja abaixo:

    - Infinito Potencial: Nesta definição o infinito é visto como algo que tem a condição de ser aumentado ou estendido, conforme o desejo de cada um;

    - Infinito Absoluto: Define o infinito como algo que tem a capacidade de estar além de toda a criação da razão;

    - Infinito Atual: Uma forma simples de definição para esse termo é o exemplo da dízima periódica, que ao invés de continuar adicionando um 9 em 0,9999… é feita a aproximação para 1. É como tornar o infinito completo.

    História do conceito de infinito

    Muitas pessoas dedicaram a vida a refletir e estudar o conceito do infinito ao longo da história da humanidade. Esses estudos são anteriores a Platão e Aristóteles, e Zenão de Eléía, filósofo grego, foi o primeiro a estudar o infinito no século 5 a. C.

    Em seus estudos Zenão chegou à conclusão de que ao aplicar o conceito de continuidade e de infinita divisão a um corpo em movimento, seja qual for sua potência ou força, significa que o movimento não existe.

    Paradoxos e antinomias

    Antinomias são conhecidas como um classe especial de paradoxos, trazem a ideia de designação de duas ideias contrárias. Por exemplo, a antinomia entre a fé e a razão. Veja abaixo alguns paradoxos sobre os estudos a respeito do infinito.

    Os dois paradoxos mais conhecidos na história, são a “Dicotomia” e a história de “Aquiles e a Tartaruga”.

    Dicotomia é a teoria que diz que, para um objeto percorrer uma distância definida, é preciso inicialmente, que ele chegue à metade dessa distância. Porém, antes de percorrer a metade, precisa percorrer um quarto da distância e assim progressiva e indefinidamente. Dessa forma seria impossível chegar ao destino, portanto esse movimento é impossível.

    Na história de Aquiles e a Tartaruga, Aquiles irá correr contra uma tartaruga. Por ser mais lenta, é dada à tartaruga uma vantagem de dez metros. Aquiles consegue correr no dobro da velocidade da tartaruga.

    Portanto, quando ele chega aos 10 metros onde a tartaruga começou, esta já terá percorrido mais 5 metros, quando ele atingir mais cinco, ela terá percorrido mais 2,5 metros. E assim indefinidamente, portanto ele nunca a alcançará.

    O infinito em diferentes ciências

    Para cada uma das ciências o infinito possui uma definição, na matemática, por exemplo, foi analisando os conjuntos infinitos que podem ter tamanhos diferentes que os diferem em conjuntos infinitos contáveis e incontáveis, que o matemático Georg Cantor desenvolveu a teoria dos números cardinais.

    Para os físicos não existe nenhuma quantidade mensurável que tenha valor infinito, por exemplo, eles entendem que não existe nenhum corpo com massa infinita ou energia infinita.

    Na cosmologia ainda há muitas dúvidas sobre considerar o universo, céu e estrelas como algo finito ou infinito. Em alguns pontos, como na superfície bidimensional da Terra, por exemplo, ela é finita, pois saindo de um ponto e seguindo em linha reta, o ponto final, será onde se iniciou a partida.

    Nos estudos de filosofia, existem argumentações que dizem que, um raciocínio surgiu de outro raciocínio anterior, que veio de outro anterior e assim sucessivamente, infinitamente. Porém, para evitar essa regressão infinita, falam sobre a necessidade de um princípio que não pode ser demonstrado.

    Para a teologia existem várias formas de ver o infinito. Na Índia, a religião jainista entende o mundo como infinito, já no monoteísmo fala-se da noção de infinito como eternidade e transcendência. No Egito Antigo, também falam sobre a associação da transcendência, a noção de espaço ou tempo infinito.

    O símbolo do infinito representa o equilíbrio entre o físico e o espiritual!

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    O símbolo do infinito representa o equilíbrio entre o físico e o espiritual em várias filosofias e estudos da espiritualidade. Como exemplo disso, há os símbolos usados pela Nova Era, que designam a união entre a vida espiritual e material, assim como o nascimento e a morte.

    Além disso, existem outras visões que falam sobre o símbolo do infinito como a renovação, ou mesmo a evolução do espírito. Esse conceito é baseado no fato de que o ponto de intersecção, central deste símbolo, pode ser visto como um portal de passagem para o equilíbrio entre o espírito e o corpo.

    Neste artigo falamos de várias teorias e características sobre o símbolo do infinito, esperamos que essas informações tenham ajudado a tirar algumas de suas dúvidas.


    A LEMNISCATA COMO SÍMBOLO DA ANTROPOSOFIA

    Na Antroposofia, a lemniscata mantém seu significado milenar, representando o equilíbrio dinâmico, prefeito e ritmico entre os polos opostos constitucionais do corpo humano: o polo metabólico e o polo neuro-sensorial. Como vimos, o polo metabólico (abdome) é quente, úmido, expansivo e inconsciente. O polo neuro-sensorial (cabeça, sistema nervoso central e órgãos do sentido) é frio, seco, contraído e consciente. Do equilíbrio deste dipolo, surge a vida humana em sua manifestação mais primordial: o ritmo. A lemniscata representa então o sistema rítmico (coração, pulmões e musculatura do tórax) que proporciona os sinais vitais mais básicos, equilíbrio físico e psíquico e harmoniza as essências opostas que nos compõem. Fazem parte ainda deste equilíbrio dinâmico rítmico, além do ritmo cardíaco e do ritmo respiratório, ciclos como o dormir e acordar (ritmo circadiano), a tendência à vitalidade (anabolismo) na infância e a tendência à esclerose (catabolismo) na velhice (ciclo biográfico) e, em última análise, o ciclo da vida e da morte (ciclo encarnatório). Assim, toda vez que inspiramos, que nosso coração entra em diástole, que acordamos pela manhã ou que usamos nossa função orgânica anabólica, confirmamos nosso nascimento. Analogamente, toda vez que expiramos, que nosso coração entra em sístole, que vamos dormir à noite ou que usamos nossa função catabólica, antecipamos nossa morte.

    A lemniscata é uma figura geométrica em forma de hélice que é o sinal matemático do “infinito”. Simbolicamente a lemniscata representa o equilíbrio dinâmico e rítmico entre dois polos opostos. O símbolo da lemniscata nos remete diretamente ao Arcano Maior do Tarot de número 14: “A Temperança”, onde vemos uma mulher que mistura e equilibra, através de sucessivas misturas, dois jarros que contém água: um com água fria, outro com água quente. Conforme as sucessivas passagens de fluidos de um jarro a outro, e deste de volta ao primeiro, se processam, obtém-se o elemento morno (temperado). Esta carta corresponde à letra hebraica “Nun” na Cabalah.

    Da mesma forma, a lemniscata foi largamente usada nos desenhos celtas e insistentemente reproduzida em seus intrincados desenhos de formas. A lemniscata, principalmente em suas representações celtas, nos remete diretamente ao “Ouroborus”, símbolo antiqüíssimo, resgatado pela tradição alquímica, onde se vê uma serpente que morde o próprio rabo e dovora-se a si mesma. O Ouroborus é também representação simbólica do Infinito e do equilíbrio dinâmico universal.
    Carl Gustav Jung, refere-se a este símbolo como o “Mysterium Conjuctionis” (Mistério da Conjunção), resultado do “Hieroghamos” (Casamento Sagrado), equilíbrio do Masculino e do Feminino Universais, essência fundamental da mente humana e, em uma visão mais ampla, da existência humana em si.
    Ainda podemos observar a lemniscata nas curvas do Caduceus (o cetro da dupla serpente), símbolo da Medicina e manisfestação de Hermes; nos meridianos do fluir da Energia Vital descritos pelas medicinas tradicionais hindu e chinesa e pela Acupuntura. A lemniscata repete-se no próprio movimento das galáxias, das estrelas e dos planetas, na Astronomia e na Astrofísica. A lemniscata está presente na dupla hélice do DNA presente em todos os seres vivos deste planeta. Ainda verificamos a formação de lemniscatas nos movimentos pendulares observados na Física; na báscula do andar humano; no crescimento dos vegetais e na disposição de suas flores e folhas; nos movimentos de regência da musical; no movimento do Tao; em emblemas e símbolos de famílias tradicionais japonesas, em mandalas de diversas origens e épocas e, de forma abstrata, nos ciclos da Natureza e no equilíbrio psíquico entre o Pensar e o Querer, dando origem ao Sentir.
    Em Antroposofia, a lemniscata mantém seu significado milenar, representando o equilíbrio dinâmico, prefeito e ritmico entre os polos opostos constitucionais do corpo humano: o polo metabólico e o polo neuro-sensorial. Como vimos, o polo metabólico (abdome) é quente, úmido, expansivo e inconsciente. O polo neuro-sensorial (cabeça, sistema nervoso central e órgãos do sentido) é frio, seco, contraído e consciente. Do equilíbrio deste dipolo, surge a vida humana em sua manifestação mais primordial: o ritmo. A lemniscata representa então o sistema rítmico (coração, pulmões e musculatura do tórax) que proporciona os sinais vitais mais básicos, equilíbrio físico e psíquico e harmoniza as essências opostas que nos compõem. Fazem parte ainda deste equilíbrio dinâmico rítmico, além do ritmo cardíaco e do ritmo respiratório, ciclos como o dormir e acordar (ritmo circadiano), a tendência à vitalidade (anabolismo) na infância e a tendência à esclerose (catabolismo) na velhice (ciclo biográfico) e, em última análise, o ciclo da vida e da morte (ciclo encarnatório). Assim, toda vez que inspiramos, que nosso coração entra em diástole, que acordamos pela manhã ou que usamos nossa função orgânica anabólica, confirmamos nosso nascimento. Analogamente, toda vez que expiramos, que nosso coração entra em sístole, que vamos dormir à noite ou que usamos nossa função catabólica, antecipamos nossa morte.
    A forma geométrica da lemniscata é usada como base para todos os processos antroposóficos: desde a dinamização de medicamentos, até a criação de estruturas arquitetônica; passando por movimentos da Euritmia, desenhos da Terapia Artística e fluxos da Engenharia Antroposófica. As técnicas da Massagem Ritmica são totalmente baseadas na repetição de movimentos helicoidais diversos que reproduzem a lemniscata. Desta forma, consideramos a lemniscata o símbolo máximo da Antroposofia, resumindo em si todos os conceitos fundamentais aplicados em todas as práticas antroposóficas.
    Fonte:http://www.antroposofy.com.br/forum/a-lemniscata-como-simbolo-da-antroposofia/

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